Passava das três...
Ixe!
E quanto!
O som
da sanfona
Parecia
um trem alucinado
E o terreiro brilhava
como se cada calçado
lhe passasse
Um tipo de cera
Grãos de terra e estrelas
brilhavam
Acolhendo homens e mulheres em festa.
Apenas a Lua
Faltou ao encontro
As nuvens
Se fizeram presentes
Derramaram gotas de chuva
Para animar o pessoá!
Mas teve discórdia.
E a faca puxada
Furou as mãos do triângulo
E o bucho da sanfona!
Lágrimas escorriam
Enquanto
A lâmina fugia!
A sorte foi que
O médico
Estava no baile
E costurou mãos e
bucho
salvando acordes.
Talvez po isso
A Lua
Não tenha vindo...
Pressentiu a luta
Por mulheres-fadas
Zangou-se
Trancou-se no seu
Quarto escuro do Universo.
Dali levaria um mês
para sair.
A. Spínola
6 comentários:
Humm... bela história!!
Porwue não faz uma coisa "mais nordestina", porque não tenta fazer o texto em forma de cordel?
Qualquer coisa podemos trabalhar juntos... mas está realmente encantador!
Bela história mesmo.
Estava sentido falta das atualizações daqui. Que bom que o São João lhe inspirou.
Um abraço.
toOlá Anne! Feliz S João!!!
Esse eu vi manuscrito, se não me engano...
Quem sabe no próximo a Lua esteja presente ;D
Vixi, me imaginei nesse forró!
Tava ótimo, Marina!
Postar um comentário