domingo, 4 de setembro de 2011

Sete vezes pela mesma rua

Sete vezes
Pela mesma rua
Passeios diferentes
Casas diferentes
Lojas diferentes
Até o trio nordestino mudou
Restava fazendo show
Para atrair a multidão que passava
Uma dupla sertaneja
Sete vezes
Pela mesma rua
Calçada
Como não fora antes
Pintada
Como não fora antes
Cheia de novas barracas
Agora boxes
Como nunca existira antes
Sete vezes
Pela mesma rua
Os homens já não usam
Mais chapéus
As mulheres já não andam
Mais de vestidos
Parecem de tribos
Diferentes
Sete vezes
Pela mesma rua
Policiada
Cheia de câmeras
Espalhadas
Pelos seus quatro cantos
E um meio
Sete vezes
Pela mesma rua
Enfeitada para sua enésima feira
Que caía numa segunda-feira
Vitrines novas
E uma coleção novinha
No sex shop
Sete vezes
Pela mesma rua
Até chegar ao cinema
Pertinho do ponto de ônibus
E do hotel que um dia foi grande
Sete vezes
Pela mesma rua
Aqui em Feira
Não falamos Comércio
Não falamos
Centro
Falamos rua
Quem não vai
Para a rua
Amanhã
Segunda-feira?
A Spínola

7 comentários:

Thainá disse...

Sete é o número mágico da sorte...

A Spínola disse...

Ops! mega sena me aguarde!

Luine disse...

Esse fatores causam uma maior exclusão social... Dando um nome "bonitinho" podemos chamar de macrocefalia urbana.

A Spínola disse...

Ixe! Muito bem, Luine!

Poetisa Medíocre disse...

Sinto saudade da época que nunca vivi. Quando o cine era na "rua", quando andava-se em paz pela "rua", quando as moças simples da roça vestiam seus vestidos mais bonitos pra assistir missa de domingo na Matriz. Ah... quando os rapazes eram respeitadores e usavam gravata e sapatos de duas cores.

Camila disse...

As Ruas, As Feiras, As vitrines... sete vezes na Rua, Sete vezes da vida que passa sete, quatorze, vinte e uma vezes diante dos olhos de quem vê as Ruas, a Feira! e As vitrines todas as Segundas-Feiras. E a vida vai passando a cada sete, quatorze, vinte e um. :) Camila Trabuco!

Adorei o seu texto tio! Refleti neste comentario. bjs

A Spínola disse...

Bem vinda Camila!
Bjs